segunda-feira, 22 de junho de 2009

Filmes relacionado com Feedback






Filme: “Coach Carter – Treino para a Vida”

Ano de lançamento: 2005 / direção: Thomas Carter
Março 10, 2008
Este filme é baseado na história real de Ken Carter, um treinador (coach) de basquete que deseja transformar a vida de garotos de uma escola da periferia da Califórnia, utilizando o esporte e a educação.
Carter, proprietário de uma loja de materiais esportivos, se depara com um convite para se tornar treinador do Colégio Richmond onde havia estudado e jogado basquete com inúmeros recordes que não haviam sido quebrados.
Mas o desafio era grande, o time na última temporada ganhou apenas 4 jogos e perdeu 22. Os jogadores eram briguentos, sem nenhuma disciplina e regras, mas Carter acreditava que podia transformá-los.
O basquete não deveria ser uma desculpa para estar na escola, mas uma conquista obtendo boas notas e presença nas aulas e assim, Carter decide impor regras que a princípio deixam pais, professores e alunos inconformados, mas ele não se importa, pois sabe o que precisa fazer para chegar onde deseja.
Carter faz com que esses garotos comecem a visualizar um mundo diferente, com a possibilidade de irem para a universidade, de não pertencerem ao mundo que seus pais e amigos fazem parte, o das drogas e do crime, enfim, podem se tornar verdadeiros cidadãos e profissionais.
Esses meninos descobrem suas potencialidades, sua autoconfiança e auto-estima aumentam, aprendem o que é ser uma equipe, ajudando uns aos outros. Aprendem a ganhar e a perder, como ocorre em nossa vida.
Vamos analisar esse filme com foco na liderança nas empresas, principalmente voltado ao processo de Execução que segundo Ram Charam é um grande problema, pois a maioria dos executivos estão preocupados com as estratégias, mas não com a execução e por isso os resultados não aparecem.
1. Carter gostava de desafios, pois como esportista e empresário, isso fazia parte de sua vida. E assim, é o líder, eternamente movido a desafios, senão sua vida não tem sentido.
2. Carter gostava de pessoas e acreditava que todas podiam desenvolver seu potencial, porém precisavam se conhecer realmente para que pudessem fazer a diferença em suas vidas, por isso fazia com que os garotos chegassem ao limite do corpo, da mente, da alma. Era absolutamente transparente, não ficava com medo de melindrar, de causar uma revolução, de perder os garotos; trabalhava o processo de feedback de forma brilhante, “o que você faz bem… o que você não faz e como pode fazer”.
Vejo que várias pessoas que estão exercendo a liderança atualmente não estão preparadas para isso, pois primeiro, não gostam de pessoas, não se importam com elas, as enxergam apenas como um objeto para atingirem seus objetivos e por isso, muitas vezes não conseguem. E segundo, não saber trabalhar o processo de vital importância nas relações pessoais que é o feedback. Alguns têm muito medo em dar o feedback e serem vistos como “mauzinhos” da empresa, preferindo ficar “de bem” com todos, outros acreditam que o feedback só é utilizado quando ocorreu algo errado e aí também o resultado não aparece. Acredito que esse assunto merece um post próprio que depois escreverei.
3. Carter ao testar os jogadores, começa a colocá-los nas posições mais adequadas. Nas empresas, muitas pessoas são colocadas em posições que não possuem a competência necessária e por isso, muitas vezes são descartadas ou discriminadas. Deve-se haver um estudo mais aprofundado das competências profissionais para termos pessoas certas nos lugares certos.
4. Carter podia exigir resultados, pois sabia que era possível, afinal ele também fora aluno daquela escola, passou pelas mesmas situações daqueles garotos, foi um brilhante jogador e conseguiu dar a volta por cima, estudar e se tornar um empresário. Quantos líderes que vemos nas empresas que elaboram estratégias maravilhosas, mas não sabem como executá-las e quando questionados dizem: “eu sou pago para pensar… vocês são pagos para fazer!”. Mas como executar algo que nem o líder sabe por onde começar? O líder precisa dar a direção, mostrar que é possível e que está com a equipe em todo o processo, caso contrário, a credibilidade do líder começa a cair e seus funcionários não o seguem. Imagine o Coach Carter dizendo para seus garotos que eles podem ter uma vida diferente se a dele não tivesse sido… será que eles o seguiriam? O que você acha de um médico endocrinologista obeso que te diz que é possível emagrecer de forma natural?
Os líderes precisam ser um exemplo!
5. Existia um garoto (Cruz) que sempre entrava em embate com Carter que sempre o questionava e desafiava: “Do que você tem medo?”. Após passar por muitas coisas, esse garoto responde a essa pergunta: “Temos medo do nosso próprio brilho!”.
O verdadeiro líder é um transformador de pessoas e do ambiente em que vive e por isso precisa buscar seu autoconhecimento e conhecer as pessoas com quem se relaciona para ajudá-las no seu desenvolvimento e fazer com que elas brilhem e saibam lidar com isso. No momento em que cada um encontre seu caminho e saiba que para obter um melhor resultado (um brilho maior) precisa de outras pessoas, o líder conseguiu formar uma verdadeira equipe.
Nosso ativo mais importante na empresa é formado pelas pessoas. Nenhuma estratégia dará resultado se não conseguir ter pessoas para operacionalizá-las. Por isso, passe a valorizá-las!


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Filme Olga




Olga um filme que conta quando éramos heróisFalta de substância histórica e overdose emocional são os argumentos mais ressaltados, pelos vários críticos que têm apontado para problemas dramatúrgicos no filme Olga, obra dirigido por Jayme Monjardim.Talvez exista uma certa razão para estes comentários. O filme exibe, em determinadas passagens, excessivo recurso a clichês e à linguagem melodramática.Mas estas são questões menores para quem tem o coração do lado esquerdo do peito. Qualquer objeção é pequena diante da empreitada de levar à tela, com paixão e delicadeza, a vida da heróica militante comunista.Um dos mais ácidos comentários veio de José Geraldo Couto, publicado na Folha de S.Paulo em 20 de agosto. Além das objeções estéticas, lá pelas tantas afirma que a obra está marcada por um "maniqueísmo simplório que faz de todos os policiais brasileiros vilões com pesados capotes e bigodinhos sinistros".Há nesta observação de Couto um anticomunismo pouco disfarçado, que se sustenta sobre a teoria dos dois demônios. A julgar por suas palavras, havia heróis e vilões de ambos os lados - se o filme assim o reconhecesse, maniqueísta não seria. A eqüidistância seria o ponto da sensatez.Seu argumento cheira mal. Na época, era o discurso dos que se portavam, envergonhados, como cúmplices pretensamente neutros do nazismo. Este foi o truque de Chamberlain e Deladier, governantes da Inglaterra e da França, para recusar uma frente única com a União Soviética, contra Hitler.Empolgavam-se, na verdade, com a idéia do chefe alemão dirigir todas suas forças para destruir o primeiro país socialista. Mas sempre em nome de uma posição equilibrada entre os extremos.O fato é que só havia dois lados. Nada importa se, nas fileiras inimigas, incorporaram-se filhos e pais sensíveis, gente de boa índole. Estavam a serviço da barbárie e do crime contra a humanidade. Como bárbaros e criminosos devem ser retratados.Seu papel na história, portanto, só pode ser lembrado com repulsa e horror. Eles eram o perigo a ser abatido sem piedade. O filme de Monjardim este ponto de vista: abraça, com emoção, a epopéia dos que fizeram frente à brutalidade.Olga Benário representa uma geração que se entregou, até as últimas conseqüências, à construção de um mundo novo. Era gente disposta a matar ou morrer. Lutadores que viveram uma época de tudo ou nada.Homens e mulheres foram além das contendas sociais em seus países. Muitos deram sua vida para deter o franquismo na guerra civil espanhola. Apresentaram-se para resistir aos nazistas na França ocupada. Perfilaram-se ao lado das tropas vermelhas que quebraram as forças alemãs na Batalha de Stalingrado.Alguns destes militantes feitos de ferro e de flor vieram ao Brasil. Olga esteve nas primeiras filas de combate. Sua missão era ajudar o Partido Comunista e seus aliados a deterem a escalada fascista através de levante cívico-militar, com o objetivo de estabelecer um governo popular-revolucionário.A insurreição de 1935, o instrumento desta política, revelou-se grave erro, cujos efeitos se arrastaram por décadas. Mas os que se levantaram em armas eram feitos de uma têmpera especial. Acreditavam visceralmente que a dignidade e a liberdade eram valores superiores à vida.Vários deles - como Apolônio de Carvalho e David Capistrano - juntaram-se às milícias que lutaram, sem fronteira, contra o nazifascismo. Outros pagaram com sangue e calabouço por sua opção.A oligarquia jamais suportou a superioridade moral destes combatentes.Dedicou-se a difamar Luiz Carlos Prestes e seus companheiros, expurgando-os da memória nacional. Olga, o filme, contra a maré, resgata o compromisso histórico e a valentia destes lutadores. E vai além: desnuda a face historicamente criminosa das elites brasileiras.Em tempos tão cínicos e medíocres como os atuais, jovens e antigos amigos do povo deveriam assistir de peito aberto esta bela obra, que conta de quando éramos heróis.Nós éramos, como escreveu Olga em sua última carta, os que lutávamos pelo "bom, pelo justo e pelo melhor do mundo".

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